Amigo ausente ( to Nara)


Não fico triste ao partires
Pois ainda a vejo
Agora nessa trilha, caminho certo
Estrada reta de volta pra casa.
Não me permito chorar tua ausência,
Apenas contesto o silêncio
Reclamo tua volta

Ver partir ao longe um amigo
É como vislumbrar o esvair do passaredo em meio ao crepúsculo
Uma vez que indo-se a neblina de sobre a floresta
Os deixam livres para migrar
Depois de uma temporada, então
Retornam a seu lugar ou
Por sorte se adaptam ao novo habitat
Essa é a esperança minha
Espero decerto, que voltes e fiques
E retome cada gesto, cada tique
Nossos passeios pendentes no trapiche
Por entre os largos quase quatrocentões
Às ruas ganhe o rumo
E lhes faça respirar o teu perfume
Fragrância agrestina, de pés pejos e essência vária

Enquanto aguardo ansiosamente
Teu claustro torna-se outra vez em turba
Infrinjo minha lei mais sagrada
E te confesso:
A saudade é dura!!!!!!

P.S.: dedico estes versos livres a uma pessoa que me cativou, a ponto de hoje tê-la em grande estima! Jainara, a moça do agreste alagoano e do "t" arrastado, do coração bom e de alma leve. Te dedico!!!!!

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