nova fase de vida... (continuação)

Se você não leu a publicação anterior, nem atreva-se a ler esta, pois não entenderia o contexto de vida no qual estou inserido, tampouco as coisas que irei relatar. Portanto, se você caiu de paraquedas nesta publicação, trate de usar a setinha de seu teclado para chegar até a publicação anterior lá em baixo.
Grato pela compreensão

Pois bem, dando prosseguimento ao meus relatos de vida, terminei dizendo sobre meu processo de desilusão quanto a cidade das mangueiras. Não é que toda aquela paixão de anos tenha desaparecido, no entanto, a chama tornou-se mais branda, um sentimento ameno e racional. O dia-a-dia de uma metrópole realmente não proporciona uma fácil adaptação, mesmo quando se tem muito dinheiro, coisa que em Belém é imprescendível. Sempre falo para minha amiga Denise que Belém é uma cidade que quase te obriga a comprar e consumir compulsoriamente. Basta dar uma saidinha, e você é tentado pelas vitrines e pelos shoppings a gastar capital. Isso pode levar você até achar que essa é uma desculpa esfarrapada de um consumista em potencial, mas acredite, não tenho tanto movimento assim na minha conta corrente.
Ainda admiro muito o nosso patrimônio histórico, a cultura, etc..., mas hoje tenho consciência de que essas coisas são parte apenas de um enorme universo que se apresenta em minha frente e do qual tenho a chance de participar e explorar.

Meu dia-a dia na universidade nem sempre foi flores, apesar de eu ser apaixonado pelo meu curso, na verdade, pela história em si. O convivio em minha turma se tornou algo comparado a um remédio muito ruim e amargo que temos que empurrar goela a baixo para poder sobreviver. Fiquei dias e dias perturbado, tentando entender o que se passava na mente daquelas criaturas quanto a relações humanas e de convívio básico. Pra que fazer um curso de ciências humanas então?. Além disso, a distância da minha familia, a falta que meus amigos faziam e fazem, além das dificuldades enfrentadas em um cotidiano constantemente agitado, vieram por corroborar em novas necessidades dentro de mim. Fiquei carente e sentimental, chegando até a suspeitar que estava em princípio de depressão. Contudo, não só de espinhos se constitui o jardim da vida, existem as flores também, que perfumam e tornam as dificuldades menos vorazes e prejudiciais. 
Tenho que reconhecer o cuidado de Deus para comigo, sem ele, jamais estaria aqui firme e forte, enriquecendo minhas experiências na academia de história. As coisas mudaram em minha vida de verdade, quando constitui uma network dentro da universidade; pessoas de diversos cursos e fora da federal me ajudaram bastante. A primeira atividade acadêmica remunerada que consegui foi o programa FORTALECER, que carinhosamente apelidamos de DESFALECER. se constitui em um estagio em algum colegio estadual, onde os serviços são diversos e ganhou o apelido referido acima por ter atrasado o pagamento durante cinco meses. Depois, movido pela necessidade de ter mais dinheiro, achei nos classificados uma oferta de emprego para alunos universitários que estivessem cursando; onde ministramos aulas de cursos profissionalizantes no interior do estado. 

Essa experiência tornou-se relevante para minhaa formação não só como profissional, mas como pessoa e sujeito do mundo. Eu conheci pessoas e lugares que me surpreenderam e me deixaram apaixonado por eles; a exemplo de Acará e Viseu, onde fui muito bem recebido e o meu trabalho foi muito honrado. é como o visa: " isso não tem preço!".Pois bem, continuo ministrando aulas, viajando por esse nosso maravilhoso, e quando digo maravilhoso estado, não exagero; conhecendo nossa gente, nossa cultura tão rica e diversa; Mas isto é assunto para o outro capitulo. inté a próxima!!!!!

Nova fase de vida...

Confesso agora que não recebi o ano de 2010 com tanta alegria, nem senti que tudo ia mudar radicalmente pra melhor de uma hora pra outra. Contudo isso tem acontecido, e eu me surpreendo a cada dia de ver o cuidado que Deus tem com minha vida. Pra quem recebeu o novo ano, lanchando um x-salada na praça da república e se espremendo no meio da muvuca que se concentrou na estação das docas pra ver a queima de fogos, coisas boas tem se anunciado de forma misericordiosa e providentes em um momento propício da minha vida.
Desde que entrei na universidade, minha vida tendeu sempre a girar em vários sentidos, direções e a tomar rumos jamais tomados. Deparei-me com um mundo novo, repleto de coisas que ouvia falar e conhecia teoricamente, compreendendo desde a pesquisa cientifica e produção de textos acadêmicos até as festas, forrós universitários e o movimento estudantil. finalmente meus anseios por conhecer o mundo seriam atendidos, abrir minha visão limitada de interiorano apaixonado pela capital e pelo conhecimento. E quando falo que minha vida entrou numa nova fase, é por que entrou mesmo, sem exagero, e é o que relatarei em partes dentro dese texto, que tedencia a ter uma continuação em uma publicação posterior.
Pois bem, nunca escondi minha paixão por belém e por suas mangueiras, seu patrimônio histórico, suas ruas antigas, seu cheiro, sua gente. sempre me senti parte da cidade. desde menino, ficava a admirar os casarões seculares da cidade velha e a inclinar a cabeça para ver até o mais alto das copas das mangueiras de minha avenida preferida: nazaré. o requinte que certos bairros de belém possuem, principalmente nazaré, de certa forma me inspiraram a conhecer o passado, a dar importância aos antigos, pois se puderam realizar obras de tamanha magnificência, estava óbvio que eram dignos de ser conhecidos, reconhecidos e estudados. ai começava minha história de amor com os fatos passados, que viriam anos mais tarde me incentivar a tentar vestibular para o curso de história, do qual sou graduando hoje.
Nasci em castanhal e quase toda vida vivi lá, até o ano de 2008, quando fiz cursinho e fui aprovado. Não poderia deixar de reinterar a importância de muitas pessoas da minha cidade natal, que conviveram comigo durante anos e me ensinaram muitos valores enrraigados no meu modo de ver a vida. Lamento apenas que a distância hoje nos separe fisicamente, mas de certa forma, vivemos uns nos outros, através de nossa troca de experiências.
Quando cheguei a belém, foi como chegar a um lar, de onde me ausentara a vida toda, e como bom filho, retornara. Ainda estva extasiado com a idéia de cursar o que eu gosto em uma cidade pela qual sou encantado. A primeira semana foi de inteira festa, conheci a universidade federal do pará, fui em museus, mangal das garças, forte do presépio, basilica de nazaré, praça da república e a praça batista campos, que há tempos desejava conhecer. Agora tentem imaginar minha cara de bobo olhando aquelas mangueiras e arvóres frondosas de todas as espécies, mesclando-se com os lagos que intercortam toda a praça, que mais parece um parque. Garças abrigando-se no alto de uma árvore enorme, e as correntes de vento oriundos da baía, localizada a poucas quadras, tornando o ambiente agradável e arejado . Passei semanas indo ver o pôr-do-sol no forte, olhando o findar do dia e os últimos raios solares daquela data. compus vários poemas e tomei muitas decisões importantes em minha vida, graças a esses passeios, que foram tornando-se menos frequentes em virtude do cotidiano da faculdade, do trânsito que não tem hora pra ficar ruim e pela poluição multiforme que predomina na cidade. mas isso vai ficar pra outra publicação. até

duas décadas se passaram: estou mais velho!!!!


parece que foi ontem que eu me olhava no espelho e via diante de mim um garotinho, com a pele impecável de bebê, que achava que sabia tudo sobre a vida e as pessoas, sempre alegre e extrovertido, sapeca na infância, aborrecente na adolescência, mas com um futuro tracejado por sonhos e objetivos singulares proferidos por milhares de pessoas que me conheciam. no dia 03 de março agora, anoiteci com a mais estranha sensação, algo dificil de descrever e de controlar; tornei-me tão sensivel de uma hora pra outra, parecia que todos me olhavam e me diziam que eu estava ficando mais velho, não que isso seja o maior problema, pois até gosto um pouco da idéia de me tornar mais maduro, contudo as responsabilidades que esses vinte anos de vida me trazem são dotados de uma carga que terei que carregar pro resto da vida, e não poderei mais largar. Me senti tão só na véspera do meu aniversário, vou confessar, apesar de ter grandes perspectivas pro dia seguinte, não conseguia assimilar direito o que estava acontecendo comigo. estva na verdade, passando pra uma fase bem diferente da vida: a fase adulta.
posso até parecer tradicional demais com essas declarações, mais foi o que senti e ninguém pode mudar isso, só que o pior viria no outro dia. Quando acordei pela manhã do dia 04, foi como ter despertado todo meu passado de uma vez, relembrando amigos que se foram, toda uma vida deixada de lado pra que eu pudesse ir a belém lutar por meus objetivos. sinceramente, desejava do fundo do meu coração que acontecesse o inesperado naquela manhã, como receber um café-da-manhã surpresa preparado pela minha tia e meus primos, depois um almoço especial, nem faria questão de presente algum; porém como deve imaginar, isso não aconteceu. Lembrei nessa hora que minha mãe sabia que adoro café na cama, e todo ano religiosamente ela preparava um banquete pra mim, tanto nos tempos de vacas gordas quanto magras. tomei meu simples café com leite e um pão, engolido a pulso; então nessa hora não aguentei e chorei, não pudia segurar aquelas lágrimas, foram bem mais fortes do que eu, mas depois repensei toda aquela situação e me dei conta que o mundo não podia girar ao meu redor só porque era meu aniversário, na verdade percebi como tantas pessoas não tiveram as oportunidades que estou tendo de construir uma carreira e de ter saúde, paz, sabedoria pra muitas coisas, carisma e alguns dizem que beleza também (rsrsrsrs). nesse momento, lavei meu rosto, dei um tapa em mim mesmo e disse:
- júnior, vamos parar com isso, hoje é o seu dia, então faça ele acontecer, nunca espere pelos outros, Deus é contigo.
acordei pra vida nessa hora, o dia ganhou cor, estava um céu azul vibrante, dado como presente matinal presente pelo criador para aquele dia dia tão bom. fui a academia e malhei mais do que de costume, mas pude aliviar o estresse que estava me consumindo. recebi parabéns dos meus treinadores e vou ganhar até desconto na mensalidade (depois de muito insistir)kkkk
logo pós fui encontrar com minha amiga Denise em um restaurante na avenida nazaré com Dr. moraes, um lugar bem charmoso e em conta. nossa, a companhia da Dê, como costumo chamá-la, é um presente por si só. ela me fez rir a beça, relembramos nossas peripécias juntos e nesse papo tomamos doze litros de coca-cola sozinhos. Depois tentamos visitar o palacete pinho, na José malcher, entretanto estava fechado, que pena, fica pra próxima.

fomos então à um salão perto da praça da república, muito em conta também( perceberam que gosto de coisas em conta né?!), porém gosto de lugares bem localizados, perimetros bonitos, com o charme que só as mangueiras e o patrimônio histórico de Belém oferecem. amo essa cidade!
fomos ao cinema no Pátio belém, uma ótima idéia que era pra ser um programa a três, pois era uma comédia romântica, queria que meu amor estivesse lá, mas foi inviável.sai do cinema e fui ao CAM, a pracinha em frente a basilica de nazaré, para finalmente, quase noite, poder ver os lindos olhos e o sorriso da minha amada.ainda teve presente no meio. pra mim, foi um dos ápices do meu dia. me enchi de alegria. depois marquei com uns amigos de irmos até uma pizzaria, mas acabamos indo ao europa, um lugar bem frequentado e com música ao vivo. Assim, terminei meu dia, curado da "neura dos vinte", feliz e pronto pro que vier pela frente. espero que gostem dos meus posts. até a próxima...

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