O medo e a primavera (to Mari sousa)


A espera por tempos foi
A mais fiel das companheiras
e em seus braços me lançava
Meio as angústias e o medo

Medo sim, que
afligia a alma
E o espirito não deixava repousar
Por fim, tranquei as portas
Fechei as janelas
E em mim mesmo passei a habitar

Não sei como explicar porém
Como os cadeados se romperam
E como se existisse um complô
minha solidão teve sua paz perturbada

Até quando
isso durará?
Perguntei a mim mesmo
Até deparar-me com o momento em que
Gritava aos meus secretos sentimentos
Enquanto me abandonavam
Que me sentiria inseguro sem eles

Mas
não teve jeito
Enfim, tudo havia mudado
Passei então a me acostumar a luz do sol
E ao calor da nova estação

Foi quando me dei conta
Que o medo de tentar
Estaria por afugentar as coisas pelas quais
Sempre esperei

Foi quando percebi também
Que por tempos
Apropriei-me da covardia
Desacreditei da felicidade
E o frio do inverno por sua vez
Havia congelado em mim as flores

Hoje, com mais força que antes
Enxergo além da névoa
E vejo finalmente a vida
As cores, os amores

Fito meus olhos e os ouvidos
Ouço os sussurros
De você advindos
Que me convidam a nova estação.

By: O.
S.Q. júnior*

3 Response to "O medo e a primavera (to Mari sousa)"

Anônimo disse...

Sabe porque vc, quando saiu de si, viu um mundo melhor e colorido?
Porque em nossa solidão, pode haver de tudo, menos paz. A paz vem, na maioria das vezes de fora pra dentro. E, nos casos contrários, nunca vem de um momento de solidão. A solidão é o pior mal que começou a existir. Ela nos ameaça até mesmo com a Morte. Por isso, nunca deixe ela te abraçar tão forte, pois seus braços podem te sufocar, e depois vc pode não conseguir se soltar.
Viva e compartilhe essa vida com pessoas que vc ama!
Adorei seu poema. Parabéns! Simples, mas muito profundo.
Abraços!

Marília Souza disse...

Fiz AlgO para Servir de Comentário...Espero que Gostes =) ♥

Espero com sinceridade afastar para Longe de ti Td que possa tirar-te a Paz -
e sempre Fazer Sorrir teu DesalentO ...

Com minhas Canções de Amor quero Trazer-te a Primavera..
Dos Lírios O mais Perfeito eu Vou Buscar.

E quando então Chegar ao CampO e te encontrar olhando a Relva dizer-te-ei:
-- vEM AmadO meu repousar em meus braços de Fidelidade e Com o cair da Tarde dar-te-ei
Minutos da Eternidade...

by:mariiSouza* Com CarinHo!

history.jr disse...

obrigado mais uma vez pelos comentários!
esse poema pouco tem rima, mas expressa de forma metafórica o que senti e sinto em relação ao amor, as coisas do coração, enfim, da vida. passei por mudanças profundas e fico feliz de partilhar isso com todos os leitores e seguidores desse blog. mari, a vc dediquei esse poema, haja vista sua importância em todo esse processo de renascimento dentro de mim. te lovu mô!!!!
bjus

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