2010 está indo embora: Retrospectiva!!!

    

O desenrolar do ano de 2010 me trouxe tantas coisas, assim como a corrente de um rio ao desaguar no mar. Olho para trás e consigo ver claramente cada detalhe, cada ínfimo desejo realizado, expectativas várias superadas. Agradeço primeiramente ao amor da minha vida, a razão da minha existência, do meu respirar e do meu sucesso: Jesus Cristo! Te agradeço pela amizade, pelos favores não merecidos, pela paciência comigo e pela inspiração que concedeste e concedes a cada dia. Agradeço as canções, as poesias e as palavras que puseste em minha mente. Agradeço o despertar dos dons.
    
    Este ano foi repleto de lutas e intempéries, que de várias formas tentaram me parar. Por vezes senti-me tão pequeno diante dos outros e dos desafios, contudo consegui vencer. Melhorei bastante na universidade, publiquei minha pesquisa,  e estou escrevendo um artigo sobre ela para brevemente ser publicada nacionalmente. Enfim expandi meus horizontes e fiz duas viagens maravilhosas: uma à Santos-SP e outra a Fortaleza. Foram experiências marcantes para minha trajetória e um marco no caminho que devo trilhar daqui em diante. 

    As partes mais relevantes, ao meu ver, de toda esta história, revelaram-se no decorrer do segundo semestre desse ano. Conheci pessoas incríveis e em especial, uma pessoa que perpetrou mudanças profundas que permanecerão por tempos. A esta pessoa, tenho a agradecer também, pois aprendi a compartilhar e a somar, a unir sentimentos, a ver as cores da primavera. Senti o coração bater mais forte, e quando falo nela, até hoje, isso ainda persiste em acontecer. Vivi os momentos mais felizes deste ano ao seu lado e a amei como nunca amei outro alguém, de fato, entreguei e descobri ter o melhor que há em mim. Esta pessoa é minha amiga e companheira de estrada Marília, a quem devo parte de meus melhores anos. Por infortúnio ou sina talvez, o vento fez cambalear a rosa atada ao verde galho, deixando-a por alguns segundos na arada terra de um sertão. Contudo, forte e esbelta, fincou raízes no deserto, ao anúncio da chuva temporã, permanecendo lá até os dias de hoje.

Agradeço aos amigos, em especial Diana, Denise, Débora , Camiloska, Débora, Jainara, Pricilla , Patrícia Freitas, Aline por terem sido meu refrigério em meio a tantas dificuldades e injúrias que sofri no decorrer dos semestres na universidade. Amo vocês!!!

Agradeço aos novos amigos, a exemplo de Samuel Ribeiro, Natih, Tuca, Marcelo, Francisco, Eliana, J.Júnior ( grande chará) entre outros que não cabem em uma postagem só. Obrigado por terem interferido em minha história! A partir daqui a construiremos juntos.


E como esquecer de amigos mais chegados que um irmão: Márcia, Marcela e Bruno, que tem sido meus companheiros e encorajadores em tudo que almejo conquistar. agradeço e sinto-me extremamente honrado em fazer parte de seu rol de amigos. Quantas coisas maravilhosas não vivemos juntos, não é? ah, isso nunca sairá da memória!

A todos meus leitores e seguidores, muito obrigado pela atenção, comentários e sugestões. continuem por aqui.

Feliz natal e um ano novo de incríveis surpresas!

Osvaldo Soares Queiroz Júnior



Amizade é coisa


Amizade é o retinir do fino vitral
É o estrondo da rosa que insiste nascer
De fato creio ser
algo belo e absurdo
Por outro lado,
Coisa demais para compreender

Uma viva brisa
que ventos anuncia
e chuvas oportunas traz
Refrigério do transeunte açoitado
Pelos raios de um sol a pino
Oásis de deleites e mimos

Cuidava de não tê-las em grande estima
Tampouco em conquistá-las 
em grande número
Contudo hoje percebo:
-Quão vã tolice a minha!
Amizade é coisa de ser humano

Numa essência inefável
Combina elementos
Erra e falha
Faz experimentos
Pinta e borda
Um dia desses acerta
Tolera casos e acasos e 
vendo-se em meio a desventuras
Segue seu curso em pejos passos

Sinceramente meu Deus
Acho que amizade é coisa de desvairados!

 Por: Osvaldo Soares Queiroz Júnior

Dedicado à Samuel Ribeiro.

Amigo ausente ( to Nara)


Não fico triste ao partires
Pois ainda a vejo
Agora nessa trilha, caminho certo
Estrada reta de volta pra casa.
Não me permito chorar tua ausência,
Apenas contesto o silêncio
Reclamo tua volta

Ver partir ao longe um amigo
É como vislumbrar o esvair do passaredo em meio ao crepúsculo
Uma vez que indo-se a neblina de sobre a floresta
Os deixam livres para migrar
Depois de uma temporada, então
Retornam a seu lugar ou
Por sorte se adaptam ao novo habitat
Essa é a esperança minha
Espero decerto, que voltes e fiques
E retome cada gesto, cada tique
Nossos passeios pendentes no trapiche
Por entre os largos quase quatrocentões
Às ruas ganhe o rumo
E lhes faça respirar o teu perfume
Fragrância agrestina, de pés pejos e essência vária

Enquanto aguardo ansiosamente
Teu claustro torna-se outra vez em turba
Infrinjo minha lei mais sagrada
E te confesso:
A saudade é dura!!!!!!

P.S.: dedico estes versos livres a uma pessoa que me cativou, a ponto de hoje tê-la em grande estima! Jainara, a moça do agreste alagoano e do "t" arrastado, do coração bom e de alma leve. Te dedico!!!!!

homenagem à minha eterna prima Tina

flor colhida( elegia á um velório)


Certo dia um grande jardineiro
Encantou-se ao passear por entre as orquídeas
E admirar tudo que lhe pertencia
Mas faltava algo em tudo aquilo
Uma semente que jamais brotara
Que o jardineiro há tempos entesourara
Para o momento propício
Decerto, como dono da preciosa semente
Seria ele próprio a cuidá-la
Contudo elegeu floristas e cuidadores
Dentre os de maior renome
Para a pequena semente cultivar
E por conseguinte fazê-la desabrochar
Entenda-se que o grande jardineiro
Jamais deixaria nada prejudicar o desenvolvimento
Daquela espécie tão bela

Ao passo que a semente ganhava forma
E a mais exímia beleza
Que de todos se tornara notável,
Mais cresciam os cuidados e o amor
Dos floristas e do jardineiro por aquela flor

Enfim no auge da exuberância e do perfume
A flor havia chegado
Os floristas mais do que nunca cuidavam-na
Para que tão cedo não se fosse
Entretanto, o grande jardineiro ao visitá-la
Em muito se alegrou e de gozo encheu-lhe a alma
Finalmente havia chegado a hora

Ele agradeceu aos floristas, que 
Dispuseram seu tempo e vida para cultivá-la
E torná-la a mais bela
E explicou-lhes que chegara o momento
De trocá-la do vaso à terra, e levá-la consigo

Todos espantados e aos prantos, sabiam de antemão 
Que a qualquer momento isso aconteceria
Haja visto que eram meros cuidadores
E o dono da planta, de fato
Era o grande jardineiro
Então para maior decepção não causar,
Sutilmente o grande mestre cuidar em 
Transportar a linda flor para o campo,
Ao lado de sua casa

Sob a luz do alvorecer, a fincou no mais fértil solo
Solo tal onde as plantas e flores plantado
Jamais esmorecem ou morrem.
Ali eternamente a espécie rara viverá
Com a luz e alimentos necessários

Aos floristas como consolo, concedeu-lhes mais sementes
Para que cuidem e alegrem-se nisso
Sabendo que terão para sempre
Em suas almas
O perfume de uma das mais belas flores já vista.
                                                          
                                                                TINA 

Sem inspiração (to marii)



Mesmo que o ardor
Angustiante da ausência
Me venha quase por inteiro corroer
E pouco a pouco
Cuidadosamente possua
Parte por parte de mim
A espera será a única solução


Poderia eu qualquer hora dessas
Lançar-me do 13° andar,
Ou ainda tropeçar em muletas qualquer
Em uma avenida
Pensei que
Gritaria e agiria
De forma a chamar-te a atenção
Tolo que sou!


Nem sei ao menos
O que dizer-te quando chegar
Nem sei por que profiro
Teu nome em tons roxos
Nada sei sobre ti
Nem sei o que quero agora
Por que te teria de volta?


Caprichos de poeta
Em busca do mais ínfimo sentimento
Para compôr em seu primeiro dia sem inspiração.

By:O.S.Q.Júnior.

fórmula(s) da felicidade?!



Certa vez questionaram-me
Quanto a felicidade e suas características
Decerto, algo muito complexo
Que deixou-me a pensar por longos dias

Atrevi-me, contudo
A aceitar o desafio
Frente mesmo aos poucos anos vividos
E em linhas  e versos
Desacobertar tamanho enigma

Poderia tentar sair pela tangente,
Ou ainda me contentar em embriagar-me
Nos fins de tarde
Com os mistérios da linguagem das almas
Todavia, mantive a palavra

Ater-me  a pensar nos homens
Faceiros e contentes
A sorrir nas cores de seus jardins farjutos
Sinceramente,
É algo ao qual
Não me dou o trabalho

Penso eu que nem mesmo
A primavera
Em seu mais exímio esplendor
Nem o cantar dos apaixonados
Menos ainda toda a arte dos antigos
Seja suficiente
Para definir o que é ser feliz

Felicidade é o caminho sem volta,
Estrada perfeita na qual
Se conduz a vida
É o barco além-mar
Sem ter sequer uma bússula,
Um norte que o conduza:
É descobrir-se

É encontrar nas lágrimas refúgio
E ver a morte
Como um extraordinário
Campo de investigação
Desfrutar dos prazeres e dissidências
E valer-se das pedras no caminho

Enfim, é descobrir que
Não há fórmula secreta
Tampouco,  qualquer fórmula que já tenha
Sido descoberta
Tocante a isto
Acredito que cada um viva
O que de antemão escolhe

Ser feliz então,
É algo que não compete
Pois no momento que todos vissem
O crepúsculo com a mesma
Esperança com a qual vêem
A luz da alva
Nesse instante, toda humanidade
Entenderia

Os segredos dessa dimensão
Por mim ainda não penetrada,
Haja vista que nunca ouvi registros
Nem de ontem, nem de meus dias
Que um mortal tenha conseguido
Tal façanha
Quem sabe num futuro próximo.





Vocations: Férias, enfim!!!!!

  
Nuss, esse semestre foi um dos que mais exigiram esforço, concentração e tempo de mim. As postagens no blog ficaram em último plano, e agora que tenho uma "folguinha" da academia de história, poderei continuar a postar minhas poesias, meus relatos de vida, meu dia-a-dia, enfim, compartilhar mais com todos vocês, meus seguidores ou visitantes.
   
   No balanço geral do semestre na faculdade, vejo que em muita coisa consegui progredir, a exemplo do crescente interesse pela leitura, o qual antes não tinha. Isso me ajudou a melhorar minhas notas e a facilitar minha escrita e oratória. Além do mais, consegui uma bolsa de iniciação a docência, na área de história, onde desenvolvi uma pesquisa, mesmo que nas pressas, mas que rendeu uma publicação de resumo expandido no livro de um evento da universidade, e ainda a apresentação da pesquisa oralmente no local do evento. Fiquei todo orgulhoso e feliz, pois foi minha primeira apresentação acadêmica, e isso deixa qualquer um com uma apreensão sem igual. Além do mais, consegui aprender bem mais os conteúdos e estou super empolgado pra continuar lendo e pesquisando nas férias, contudo por conta das atividades da bolsa voltarem já em Agosto, irei descansar mesmo(rsrsrs).

  Além de mais, viajei representando o centro acadêmico no congresso da CONLUTAS em Santos-SP. isso também foi relevante para que eu chegue até o final desse semestre, por vezes tão conturbado e desafiador, e declare que foram meses de conquistas e progresso.

   No mais, irei ditar na minha rede na beira-mar, tomar minha água de côco, ler um bom livro, beijar muito minha amada, tocar muito violão e piano, e preparar-me para entrar novinho em folha no próximo semestre.

Bjus à todos ...

O.S.Q.Júnior.

Valentine's day!


Ah, não poderia deixar de compartilhar, mesmo que rapidamente como foi meu dia dos namorados!
Afinal, esse ano foi repleto de muitas surpresas e uma delas foi ter conhecido minha inspiração as artes e aos poemas. A mesma que me condenou as letras e ao cárcere de seus versos: Marilía!

Houve uma noite romântica e um coquetel promovido pela Igreja Assembleia de Deus em castanhal, da qual faço parte, para os casais de namorados e casados também. na mesma noite eu toquei, cantei, assim como minha querida.
Havia procurado um presente em São paulo para ela, mas não consegui achar nada que eu achasse agradável e original. Queria algo que a deixasse realmente surpresa e perplexa. Mas o quê , meu Deus?
Fui com uma amiga ao Shopping na Sexta-feira, véspera do grande dia, comprar o presente. olhei e rodei, e nada do presente aparecer. Mas logo me lembrei das poesias e poemas que trocamos no blog e no orkut, e tive a feliz idéia de ir a livraria. por fim, comprei Vinicius de Moraes-antologias poéticas e mais um cartão com um efeito legal dizendo
 "I love you!". 

Esperei o momento certo da noite para fazer minha declaração e entregar o presente. li um poema que havia feito para ela intitulado "poema incompleto...", complementando espontâneamente o que faltava. Ela adorou, e quando eu não esperava mais nada, ela me surpreendeu desenrolando uns 3 metros de poesias da autoria dela, endereçadas a mim. Uau!
Fiquei mudo de felicidade, e me faltaram palavras para expressar como meu intimo estava feliz com aquilo. por fim, meu presente foi muito bem arquitetado, cheio de coisinhas e lembrancinhas, bem tipico de presente de mulher mesmo!rsrsrrsrsrsr =p , não dizendo que homens também não o podem fazer ! Namoramos e nos beijamos, dançamos, nos abraçamos, cantamos juntos e sorrimos a noite inteira. ainda tomamos café-da-manhã juntos no outro dia. foi maravilhoso.

Ela sabe disso, mas quero tornar público que esse foi o primeiro dia dos namorados que passei com alguém. e mais, alguém que amo e que me surpreende a cada santo dia. agradeço a Deus por sua vida a me abençoar e me trazer alegria e paz.

Te Amo Mah!! S2...

By: O.S.Q. Junior.

viagens, doces viagens...(Santos-SP)


Era de se imaginar, mesmo eu ainda pequeno, que quando tomasse idade, como dizia minha mãe, iria querer ganhar o mundo e cortar estradas na primeira oportunidade que surgisse. Pois foi assim exatamente que aconteceu!

Não imaginava, contudo, que isso acontecesse agora, em meio ao semestre e muitas coisas importantes que estão acontecendo em minha vida. Neste momento, estou produzindo uma pesquisa e terminando o semestre, que se diga de passagem , está bem conturbado. Outro fato também é que estou namorando( depois de algum tempo sem me relacionar). Isso exige uma adaptação tanto de minha parte como da dela. Todavia, a oportunidade que se apresentou foi interessante e eu agarrei com todas as forças!

Houve o II congresso da Conlutas em Santos-SP, e eu me candidatei a observador do congresso. Logo que decidido, ainda não acreditando que irira de fato viajar, me despreocupei.
um mês depois, me deparei com a urgência de preparar as malas e pegar a estrada.
Até então, só conhecia algumas cidades do Pará, e almejava muito sair do estado, p´rincipalmente em direção ao sudeste. Pois bem, saímos de Belém às 00:30 h do dia 01 de junho de 2010. pela manhã, já estávamos perto do Maranhão. toda a estrada é bem igual em todos os lugares que passei. Só diferenciava mais quando chegamos no sudeste, principalmente Goiás e Minas Gerais, onde as estradas são muito floridas.

O frio pensei que seria o maior choque, mas percebi o quanto é bom! Na verdade, sempre fui calorento e sempre sonhei em morar em um lugar friozinho. A cada dia, esperava ansioso a hora em que desceríamos do ônibus e iriamos encontrar uns 14 ou 16°. Enquanto isso, todos com medo!rsrs

Houve uma madrugada muito interessante, onde estavam fazendo 14° com sensação térmica de 12°. Foi muito legal! todos saíam do ônibus, que havia parado em Pirassununga(interior de São Paulo), e ficavam maravilahdos com aquele ar gelado saindo da boca e do nariz quando respirávamos. foi hilário!

Santos é linda, e a serra que dá acesso a cidade é de deixar o queixo caído!
a vista que se tem do alto da serra é fantástica, e o relevo em torno da cidade, intercortada por vales e morros, lembra bastante o Rio de janeiro.

Destaque para as construções da época do café, que em muito se assemelham às do bairro de nazaré e batista campos em belém. Fiquei encantado e tirei muitas fotografias.

Em breve, estarei postando elas aqui no blog, mas já estão disponiveis no orkut.

bjos a todos

By: O.S.Q. júnior.

Refúgio...


Quando as coisas deste plano físico
Juntam-se as do mundo da alma
Sinceramente, não me compete mais descrever

Tento apenas compreendê-las,
uma vez que
a razão me convida a jantar com ela
em sua casa aconchegante e segura

Porém temo que
Uma vez apenas chamando por mim
Esteja a loucura
A ela ceda e a ouça
E siga sua voz tão terna

Dessas coisas nada posso afirmar
Contudo, em silêncio
Frente a isso
Também não consigo permanecer

Por isso, prossigo em aparente segurança
Rumo a um lugar desconhecido

Author: O.S.Q. Júnior

Linguagem das almas


Como ondas sonoras percorrendo o espaço
Penso, sinto
Nas tais coisas da vida
Em meio ao vácuo das almas
Por entre elas, passeio e rimo

Não consigo compreender porém,
Como podem tais seres
Chamados humanos
De tudo querer a posse
Contudo, de nada se lhes abster

Esse submundo de sombras
Por vezes me fascina
Me surpreende
E ensina

Que os sentimentos alheios
São grandissimas coisas
Não pertencentes a minha alçada
Que com exímia insistência
Teimo e infrinjo
Seus códigos, suas leis
Assim tomadas por mais sagradas

Pago o barqueiro que navega
Por entre rios de lamúrias
E me aventuro nas desventuras de outrém
Sigo minha odisséia
Nos relatos mais singelos
Que poderia um poeta inexperiente

Declaro por fim
A quem por um acaso possa interessar
Que continuarei a quebrar as regras
E me ocuparei de mistérios revelar

Pois da linguagem das almas
Muitos se fazem sabidos
Dão seus ouvidos, e até a sabem recitar
Não obstante, traduzi-la não o sabeis
Pois para isso
É preciso achar graça aos seus olhos
E as fazer em seu idioma falar

Quem sabe poderás, enfim
Andar e navegar por entre elas
E obter o passaporte tão almejado
Pra explorar seu mundo
Suas sombras,
Nos seu mais profundo

Author: O.S.Q. Júnior.

Trato com as letras

Sabe quando você não tem idéia do que postar no seu blog?
Sabe quando você quer externar algo que ao menos você conhece?
Sabe quando seu dia foi dificil e cansativo, mas você está tarde da noite na web?

Realmente sabes o que é brincar com as palavras e cativar sua amizade?
Sinceramente, duvido disso até que se me prove o contrário!
As letras juntam-se e me ajudam, com elas construi uma belo trato:
Eu as confiro sentido e vida
E elas me conferem sentido.
As reúno em grande festa e em meio a prantos
E suas celebrações trazem-me paz
Assim como minha alma
Nas linhas poéticas
Muito se compraz.

E em sutis anedotas
Com suas cores e formas
Minhas páginas escrevo
Reflexos de um espelho
Que de mistérios se lhe adorna

Letras queridas
Que jamais nossa amizade seja interrompida
Que mantenhas o acordo, eterno tratado
De encher-me com tua arte
E eu torná-la minha obra prima
.

By:O.S.Q.Júnior*

O medo e a primavera (to Mari sousa)


A espera por tempos foi
A mais fiel das companheiras
e em seus braços me lançava
Meio as angústias e o medo

Medo sim, que
afligia a alma
E o espirito não deixava repousar
Por fim, tranquei as portas
Fechei as janelas
E em mim mesmo passei a habitar

Não sei como explicar porém
Como os cadeados se romperam
E como se existisse um complô
minha solidão teve sua paz perturbada

Até quando
isso durará?
Perguntei a mim mesmo
Até deparar-me com o momento em que
Gritava aos meus secretos sentimentos
Enquanto me abandonavam
Que me sentiria inseguro sem eles

Mas
não teve jeito
Enfim, tudo havia mudado
Passei então a me acostumar a luz do sol
E ao calor da nova estação

Foi quando me dei conta
Que o medo de tentar
Estaria por afugentar as coisas pelas quais
Sempre esperei

Foi quando percebi também
Que por tempos
Apropriei-me da covardia
Desacreditei da felicidade
E o frio do inverno por sua vez
Havia congelado em mim as flores

Hoje, com mais força que antes
Enxergo além da névoa
E vejo finalmente a vida
As cores, os amores

Fito meus olhos e os ouvidos
Ouço os sussurros
De você advindos
Que me convidam a nova estação.

By: O.
S.Q. júnior*

Andanças e mudanças......

Já diziam os poetas desde a antiguidade que o olhar é algo traiçoeiro, sem escrúpulos, que molda as coisas e as pessoas como bem quer, mesmo sabendo muitas vezes como realmente são. Citei este pensamento para introduzir os relatos sobre minhas viagens como professor do Projeto Sempre Mais Brasil, no qual ministrava aulas de cursos profissionalizantes. Aqui apresentarei meu olhar sobre vários momentos, lugares e pessoas que cruzaram meu caminho nessas andanças e mudanças da vida.
O projeto é de uma empresa chamada CIEEB, a qual me selecionou através de entrevista e treinamento para trabalhar nos pólos no interior do estado. Até então, não havia feito grandes viagens (quando digo grandes, falo da distância), tampouco conhecia mais de cinco municipios do Pará. A oportunidade apareceu através de um anúncio de jornal, no qual procurava emprego para suprir algumas necessidades da faculdade. Logo que fui selecionado, fui mandado para Viseu, que fica na zona bragantina, já fronteira com o Maranhão. Nossa, foram nove horas seguidas de viagem, onde quatro horas se seguiam em uma estrada de terra muito esburacada e empoeirada. Apesar da distância, a cidade é encantadora! não pela estrutura urbana que em suma não satisfaz quem vive em uma metrópole, contudo as pessoas são muito hospitaleiras e gentis. Onde eu passava, todos me olhavam querendo quem eu era, de onde eu vinha, enfim. Logo no primeiro dia, entrei no hotel, tomei um banho e fui na praça principal olhar o movimento noturno. Não me arrependo um segundo sequer de ter feito isso! Sentado em uma mesa de lanchonete, esperando meu pedido chegar, avistei duas garotas, muito bonitas e chamativas, sentadas bem na mesa ao lado da minha. Elas conversavam discretamente e pareciam não se importar muito com a minha presença. Aquilo me deixou confuso, e logo tratei de conhecê-las. Perguntei onde ficava o Banco do Brasil da cidade, mesmo sabendo que havia ocorrido um assalto dias antes da minha chegada; isto serviria de subsídio para uma futura conversa. Em resumo, nos tornamos amigos e conversamos até tarde, e logo após, combinamos de nos encontrar no outro dia. Tivemos vários encontros assim; conversávamos e ríamos como se nos conhecêssemos há muito tempo. Entretanto, o mais interessante é que todas as pessoas com que falei foram de uma bondade e gentileza que me deixaram perplexo. Jamais vi tantas pessoas daquela estirpe reunidas em uma só cidade!
As aulas foram de vento em polpa e meus alunos a cada dia se mostravam mais interessados e solicitos a qualquer atividade que exigisse esforço da parte deles. Foram momentos muito bons que jamais esquecerei. Lembro de uma festa que aconteceu no meu último dia na cidade. Depois de um dia cansativo, onde me despedi dos alunos com muita música, cantando e tocando violão, fui relaxar com a professora Luzzia e alguns amigos na tal festa, onde mais uma vez o clima de despedida se fez presente. Alguns alunos me abordaram e me agradeceram pelo meu trabalho, pedindo para que retornasse mais vezes. Enfim, sabia que meu trabalho estava dando certo, e no outro dia já dentro do ônibus a caminho de Belém, me despedi de Viseu com o coração doendo de saudades. Jamais esquecerei o que senti naquele momento!
Outros professores a exemplo da Jéssica, minha princesa, me parabenizaram pelo excelente trabalho desenvolvido em Viseu, pois os alunos demonstravam um enorme carinho pela minha pessoa e pelo meu trabalho. Fiquei muito alegre ,e para quem estava apenas começando era certeza de que ia dar tudo certo. Até hoje mantenho contato com algumas pessoas de lá, e uma das garotas que conheci, Brena, veio morar em Castanhal, para estudar para o vestibular. nos falamos recentemente!
Esse primeiro momento foi de andanças e aprendizagem para mim como profissional e como sujeito de um mundo multicultural e de gratas surpresas. As pessoas, as paisagens, os lugares, momentos, cheiros, cores, risos, sotaques, enfim, todos os elementos que compõem essa experiência de vida, ficaram e ficarão guardados na memória e agora também memorados nesse post legados para essa e para as futuras gerações!
Inté a próxima!!!!!!

Não sou


Meu espírito é simples,
Minhas palavras, singelas e leves
Não sou grande poeta
Tampouco sou célebre
Somente ergo bandeira branca
Aos mais profundos sentimentos
Com os quais há muito lutei
E árduas batalhas travei

Passei a vê-los como o são
E enfim, procurei aquietar-me,
Lentamente meu coração deitou em repouso,
Ao ouvir certas vozes a falar-lhe

E como se não bastasse
Ocupei-me em traduzir às diversas formas
o papel e a tinta agora,
Leais companheiros,
são quem tudo põem a mostra
Como disse, não sou inédito
Falo do que sinto e vejo,
Desde o simples mover das folhas
ao mais oculto desejo

E se algum dia, por infortúnio
Me tornasse eternamente anestésico;
indubitavelmente
acabaria a poesia da vida,
toda a arte cessaria,
E para mim
Não mais faria sentido o pretérito.

By: O.S.Q. Júnior*

Se um dia

By:O.S.Q.Júnior*

Se por um  acaso me encontrares
A vagar por entre a névoa;
Não se assuste, pelo contrário
Dê-me sua mão e guie-me

Se um dia me encontrares a beira-mar
Na luz da aurora
Não se canhe em achegar-se
Não estarei louvando a natureza
E sim refletindo minha pequenez

Caso alguma vez me avistares
ao longe; não duvide!
perceberei tuas intenções
E se ainda mais uma vez,
O destino nos aproximar
Não exite!
Pois não se cansa e não cessa de conspirar

By: O.S.Q. Júnior

nova fase de vida... (continuação)

Se você não leu a publicação anterior, nem atreva-se a ler esta, pois não entenderia o contexto de vida no qual estou inserido, tampouco as coisas que irei relatar. Portanto, se você caiu de paraquedas nesta publicação, trate de usar a setinha de seu teclado para chegar até a publicação anterior lá em baixo.
Grato pela compreensão

Pois bem, dando prosseguimento ao meus relatos de vida, terminei dizendo sobre meu processo de desilusão quanto a cidade das mangueiras. Não é que toda aquela paixão de anos tenha desaparecido, no entanto, a chama tornou-se mais branda, um sentimento ameno e racional. O dia-a-dia de uma metrópole realmente não proporciona uma fácil adaptação, mesmo quando se tem muito dinheiro, coisa que em Belém é imprescendível. Sempre falo para minha amiga Denise que Belém é uma cidade que quase te obriga a comprar e consumir compulsoriamente. Basta dar uma saidinha, e você é tentado pelas vitrines e pelos shoppings a gastar capital. Isso pode levar você até achar que essa é uma desculpa esfarrapada de um consumista em potencial, mas acredite, não tenho tanto movimento assim na minha conta corrente.
Ainda admiro muito o nosso patrimônio histórico, a cultura, etc..., mas hoje tenho consciência de que essas coisas são parte apenas de um enorme universo que se apresenta em minha frente e do qual tenho a chance de participar e explorar.

Meu dia-a dia na universidade nem sempre foi flores, apesar de eu ser apaixonado pelo meu curso, na verdade, pela história em si. O convivio em minha turma se tornou algo comparado a um remédio muito ruim e amargo que temos que empurrar goela a baixo para poder sobreviver. Fiquei dias e dias perturbado, tentando entender o que se passava na mente daquelas criaturas quanto a relações humanas e de convívio básico. Pra que fazer um curso de ciências humanas então?. Além disso, a distância da minha familia, a falta que meus amigos faziam e fazem, além das dificuldades enfrentadas em um cotidiano constantemente agitado, vieram por corroborar em novas necessidades dentro de mim. Fiquei carente e sentimental, chegando até a suspeitar que estava em princípio de depressão. Contudo, não só de espinhos se constitui o jardim da vida, existem as flores também, que perfumam e tornam as dificuldades menos vorazes e prejudiciais. 
Tenho que reconhecer o cuidado de Deus para comigo, sem ele, jamais estaria aqui firme e forte, enriquecendo minhas experiências na academia de história. As coisas mudaram em minha vida de verdade, quando constitui uma network dentro da universidade; pessoas de diversos cursos e fora da federal me ajudaram bastante. A primeira atividade acadêmica remunerada que consegui foi o programa FORTALECER, que carinhosamente apelidamos de DESFALECER. se constitui em um estagio em algum colegio estadual, onde os serviços são diversos e ganhou o apelido referido acima por ter atrasado o pagamento durante cinco meses. Depois, movido pela necessidade de ter mais dinheiro, achei nos classificados uma oferta de emprego para alunos universitários que estivessem cursando; onde ministramos aulas de cursos profissionalizantes no interior do estado. 

Essa experiência tornou-se relevante para minhaa formação não só como profissional, mas como pessoa e sujeito do mundo. Eu conheci pessoas e lugares que me surpreenderam e me deixaram apaixonado por eles; a exemplo de Acará e Viseu, onde fui muito bem recebido e o meu trabalho foi muito honrado. é como o visa: " isso não tem preço!".Pois bem, continuo ministrando aulas, viajando por esse nosso maravilhoso, e quando digo maravilhoso estado, não exagero; conhecendo nossa gente, nossa cultura tão rica e diversa; Mas isto é assunto para o outro capitulo. inté a próxima!!!!!

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